Domingo, 25 de Dezembro de 2005
«Se não pudeste entortar o teu destino terás sido apenas um apartamento alugado»
Michaux
Hoje é o dia da Vitória e da Verdade
Da Nudez e da Encarnação da História
Vinde todos contemplar e adorar
Pusem armaas porque a vida vai mudar.
O Menino que nasceu é Deus connosco
Povos todos exultai de Alegria
É o dia de criar um mundo novo
Onde todos são iguais em Harmonia.
A esperança renasce. O Deus Menino volta a nascer, uma vez mais, nos corações de cada um de nós.
Deixemos que ele nasça, tornemo-nos nas suas mãos, pés e coração de forma a que possamos abraçar todo um mundo num único gesto e que a humanidade caiba toda no nosso coração.
Um Santo e Feliz Natal a todos vós e às vossas famílias. São estes os desejos mais sinceros do meu coração.
Com Francisco e Clara, no Irmão Jesus Cristo,
Paz e Bem.
Quinta-feira, 15 de Dezembro de 2005
A época natalícia está ao rubro.
Pela Baixa lisboeta, multidões acorrem às mais diferentes lojas afim de comprar uma prendita para a mãe, pai, tia, avó, primo, vizinho, cão, gato, peixinho dourado, entre mil ouros.
A magia da época natalícia começa, peut a peut, a desaparecer. O consumismo, ano após ano, toma conta de uma época que devia primar pela serenidade, alegria, paz e júbilo. Ao invés, parece que a felicidade das pessoas é directamente proporcional ao número de presentes recebidos. As crianças comportam-se como pequenos monstros e fazem birras imensas apenas porque receberam menos presentes que nos anos anteriores. As pessoas vivem o consumismo desenfreado porque acham que têm de dar uma prenda que esteja à altura da pessoa que a vai receber.
É aqui que eu, no meu íntimo, me questiono. O Deus Menino não nasceu numa gruta, deitado em palhinhas, despojado de todo o luxo, tendo por companhia sua mãe, seu pai terrestre, um burro e uma vaca que lhe proporcionavam algum conforto ao aquecê-lo?
Então, para quê tamanha corrida às compras para agradar os que vão receber os presentes?
Não deveria um «Feliz Natal» sentido bastar?
Fui
obrigaram-me a ir
olhou para mim, olhos nos olhos, e disse-me «É agora ou nunca!». E tinha razão
era a altura ideal para superar os meus medos e limitações, para enfrentar a vida de frente, sem medos.
Cuidadosamente, entrámos. Ao percorrer aquele espaço, ao mesmo tempo tão estranho e tão familiar, as lágrimas começaram a escorrer dos meus olhos, pela minha cara. Fui abraçado e ouvi dizerem-me, numa voz aconchegante e quase maternal, «Então? Que se passa?». Respondi sem pensar, como se as palavras saíssem da minha boca sem eu ter tempo de as pensar, de as reflectir «Sabes, já fui tão feliz aqui
». E continuei a percorrer aquele espaço que tantas boas recordações me traz
Dias depois escrevo este texto
eu disse que já tinha sido imensamente feliz naquele local. Os meus olhos abriram-se e, finalmente, percebi
percebi que a vida, esta enorme estrada sem fim, precisa que eu a continue a trilhar, mesmo quando a corrente me é adversa.
Decidi. Já lá fui feliz e quero continuar a sê-lo, naquele preciso local. Vou dar o grito do Ipiranga, soltar as amarras que me prendem, deixar de adiar e vou remar contra a corrente.
E, lá, vou voltar a ser feliz
BEM FELIZ!
Sexta-feira, 9 de Dezembro de 2005
Migos, migos, migos
Bigado por tudo.
A noite de quarta feira foi imensamente boa. Arrisco-me a dizer que foi a melhor noite da minha vida inteira. O facto de estar com duas pessoas que simplesmente adoro imensamente, de conhecer duas pessoas lindissimas por dentro e por fora e que quero continuar a conhecer, o facto de saber que tenho um amigo que me livra de certas e determinadas situações (aquelas em que eu começo a entrar em parafuso, a não pensar, a deprimir e que depois alguém me estende o braço e me tira delas), o facto de poder contar com O Mais Possivel e com o Ouuuuçaaaa para tudo o que precisar faz realmente com que uma pessoa se sinta bem, Imensamente Bem.
Faço-vos, aos quatro, Tiago, Bruno, Rola e Rute, a devida homenagem que é mais que merecida. E espero que dia 17 possamos apanhar uma ainda maior que a de dia 7 :P.
Para terminar, vou plagiar algumas palavras do Bruno sobre a bela da noite.
«depois ir ter com os outros amigos ao lux!...desta vez ate as 7 da manha!...lololo cheguei lá so o jorge e o tiago e que estavam em alta...mas que grande bebedeira que o jorge tinha...MINHA NOSSAAAAAAAAAAAA!!!.... ELE JA VIA TUDO EM GODES VERDES...AMARELOS COM BORBOLETAS! »
By Bruno O Mais Possivel.
A todos, obrigado. Assim Imensamente
A ti que te julgas dono e senhor da verdade:
Chega.
Estou farto.
Farto.
Farto.
Anda por aí uma pessoa pela net que não me deve poder ver à frente. Tomou o gosto de vir até ao meu blog tecer as mais abjectas considerações sobre a minha pessoa. E agora pergunto-me, será que essa pessoa me conhece? Melhor ainda, será que essa pessoa me conhece o suficiente para estar a tecer uma panóplia de acusações abjectas e insultuosas?
É muito fácil uma pessoa vir até um local destes, um blog, onde cada um de nós publica, partilha e expõe as suas opiniões sobre os mais variados temas. E, tudo o que está publicado neste blog está devidamente assinado por mim. Sim, assinado por mim, pois ao contrário de certas e determinadas pessoas, assumo o que penso, escrevo e, posteriormente, publico. Não posso, contudo, é permitir que um ou uma qualquer, que ainda por cima tem o baixo nível de não se identificar, estrague o meu blog, o meu mundo, com insinuações ofensivas para a minha pessoa. Se essa pessoa assumisse realmente o que pensa, não precisaria de se esconder por detrás de pseudo-pseudónimos. Se essa pessoa tivesse o mínimo de carácter, ter-se-ia identificado. Contudo, e como deve ter medo de represálias, não o faz. Esconde-se por detrás de uma máscara julgando-se dono e senhor da verdade: fala como um ser omnipotente, omnipresente e panóptico, esquecendo a sua condição humana (sim, porque esconder-se por trás de pseudónimos e fazendo este tipo de observações só mostra quão frustrada e medricas que esta pessoa é e o medo que ela tem de enfrentar a realidade e de se expor).
Coitado. Tenho mesmo muita pena de ti, quem quer que sejas. Tenho pena da tua malformação, da tua má educação e da tua total ausência de carácter. Tenho pena daqueles que te rodeiam. Tenho pena do mundo por ter em ti mais um dos seus milhentos cidadãos anónimos que passam o dia entre o vegetar e o ser inútil a uma sociedade.
Tenho pena de ti porque, para além de seres arrogante, prepotente e de achares que a verdade e a razão últimas estão do teu lado, te escondes e foges do compromisso, foges da possibilidade de seres identificado, foges da possibilidade de te identificares.
Podes tentar atormentar o meu blog à vontade. Podes tentar irritar-me. Podes até tentar boicotar certos progressos que até hoje eu fiz. Mas minha pessoa anónima e querida, os teus comentários serão, inevitavelmente apagados porque desprovidos de qualquer sentido. E não serão apenas apagados do blog. Serão apagados da memória. E isto porque a história, no seu curso, não exalta os anónimos mas sim aqueles que têm a coragem de dar a cara, de dizerem quem são, e de assumirem sem medos tudo aquilo que escrevem, produzem, dizem e/ou fazem. Por isso, caro amigo, eu sou e serei o Jorge Durões. Para mim, e para os meus amigos, os meus verdadeiros amigos que nada ligarão àquilo que escreves pois sabem distinguir a verdade de uma tentativa de provocação, desacreditação e boicote de baixo nível, tu não passarás de mais uma pessoa frustrada igual a tantas outras que para ai andam com medo de dizerem quem são.
Tenho pena de ti. Tenho mesmo muita pena de ti.
Eu às 4h26 do dia 5 de Dezembro de 2005
Sexta-feira, 2 de Dezembro de 2005
É triste, eu sei, mas esta é a minha vida em números...
Quinta-feira, 1 de Dezembro de 2005
Pois é... dita a tradição que, após os veteranos organizarem o primeiro jantar do ano lectivo, vulgo Jantar do Caloiro, onde se premeiam os caloiros pelo seu entusiasmo, à vontade e boa disposição manifestados durante o período de praxes, os caloiros se organizem e preparem o Jantar do Veterano nos mesmos moldes (ou puxando pela imaginação, outros moldes mas que primem pela originalidade).
Pois é
acabado de chegar do Jantar do Veterano resolvi escrever estas palavras. Julgo-me na obrigação e, se quiserem, prepotência de as dizer. O jantar foi, para mim e para muitos outros com quem partilho esta opinião, um fiasco. E vou enumerar as razões que me levam a considerá-lo uma mancha na reputação que os Jantares e Festas de CC têm vindo a adquirir durante estes últimos anos. Vou por pontos:
1. A começar não poderia deixar passar impune o facto de não haver lugares suficientes para as pessoas se sentarem. Ou seja, quando mandaram sentar as pessoas já deveriam saber quantas pessoas estavam presentes e, antes de as mandarem sentar, deveriam ter contado o número de pessoas inscritas e o número de lugares disponíveis de forma a evitar cenas desagradáveis. A gerência da casa também, a principio, não colaborou com a situação. E em vez de resolver as coisas em tempo útil e da forma mais célere possível, andou a passar, passo a expressão, a «batata quente» das mãos dos empregados para as mãos da gerência e vice-versa, perdendo-se cerca de meia hora nesta brincadeira. É inadmissível.
2. De seguida, o facto de terem marcado um jantar sem perguntar se haveria mais algum jantar de outro curso/faculdade/universidade no mesmo dia. A gerência tem a obrigação de informar da existência de outro jantar no mesmo local, mas a organização também tem o dever de questionar a gerência sobre a existência de outros jantares. O clima não foi, de todo, o melhor.
3. O fenómeno sociológico a que chamo «Síndrome Cenoura do Rio». A ideia de se fazer o jantar do caloiro no Cenoura do Rio surge porque é o primeiro jantar do ano e como há a possibilidade de fazer jantar e festa no mesmo local, escusa-se de andar de um lado para o outro. A filosofia do Jantar do Veterano é outra. Pretende-se que NÃO SE REPITA O LOCAL DO JANTAR DO CALOIRO; QUE SEJA NUM LOCAL QUE A MAIORIA DOS VETERANOS GOSTE, uma vez que este é o Jantar do Veterano; E QUE PERMITA A MOBILIDADE SEM CAUSAR DISPERSÃO, ou seja, se o veterano não quiser ir para uma festa de Ciências da Comunicação, pode ir a outro local sem necessitar de percorrer Lisboa de uma ponta a outra. É devido a esta conjuntura de situações que o número de veteranos no jantar foi tão reduzido.
4. A Festa
esta, se calhar, é melhor nem comentar. Recuso-me mesmo. Apenas deixo esta ideia no ar. As Festas de Ciências da Comunicação eram muito bem cotadas, tinham uma reputação considerável que, este ano, desapareceu por completo. Dar a possibilidade à Associação de fazer da suposta festa do curso uma festa da associação, desculpem-me mas não gosto de ingerências e muito menos que se confunda a AE com CC. A analogia, essa, foi feita e está a ser comentada a vários níveis. E depois lembrem-se que está um Núcleo de Comunicação para nascer e que precisa de algum dinheiro para registar estatutos num notário e para arrancar com as actividades do núcleo. O dinheiro que fosse auferido nesta festa poderia ser, muito bem, utilizado na promoção e arranque do grupo.
5.º A eternidade que levou a primeira parte do jantar, com as cançõezinhas dedicadas aos veteranos que não se ouviram, e a triste entrega dos prémios. Não havia necessidade de tamanha, triste e burlesca palhaçada naquela entrega de prémios. Deixo um conselho: nós somos como somos e não temos que estar a entrar em competição com o pessoal de Geologia (o pessoal do outro jantar), entrando numa conversa imensamente deprimente e pejada de clichés sem interesse algum. Para quê aquela mostra barata de acefalia demonstrada? Os meninos não foram bons, foram algo entre o princípio de depressão e a depressão profunda.
Caros amigos, foi, na minha opinião que vale o que vale e ainda bem que apenas vale isso, o pior jantar de curso em que já estive. E acreditem que já estive em alguns. Ponderem bem o que fizeram e o que correu pessimamente mal. Eu sei que organizar um jantar não é coisa fácil, mas se é possível fazer algo razoável, porquê escolher o medíocre só porque dá um pouco menos de trabalho?
Eu às 1h53 de quarta-feira, dia 1 de Dezembro de 05