O Grupo de Teatro da Nova foi laureado, no passado sábado, dia 27 de Maio de 2006, com o prémio «Espectáculo mais original», atribuido por unanimidade do Júri do FATAL (Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa), pelo espectáculo «Com Conforme Consoante Contra», uma criação colectiva do grupo a partir da obra do autor austriaco Peter Handke.
A entrega de Prémios e Festa de encerramento do Festival teve lugar no Santiago Alquimista.
E como diz a Catarina «Somos fixes, mesmo fixes, muit'a fixes, bués da fixes».
O meu orgulho por todos nós está presente sabem que vos amo a todos.
Obrigado GTN, obrigado a cada um de vocês. Obrigado Diogo Bento. Obrigado Peter Handke. Obrigado Monstro. Obrigado Gato das Botas e Bela Adormecida.
Prevêem-se momentos perfeitos. Prevêem-se também
momentos inteiramente vergonhosos. Reflectir sobre
o não sentido das palavras e das acções e sobre o
desentendimento comum em que assenta cada minuto
que passa. Conta-se, também, a história de uma princesa
e de um príncipe que, depois de separados por uma
bruxa má, vivem felizes para sempre.
E não é a Bela Adormecida nem o Gato das Botas.
O autor: a partir de Peter Handke
Este espectáculo site specific nasceu do confronto dos intérpretes com a obra do escritor austríaco Peter Handke (n.1942) e com a sua própria contemporaneidade.
Nesta construção foram também utilizados ensaios de João Barrento acerca do autor e debatida a estreita relação entre questões suscitadas por Peter Handke e a filosofia do pensador francês Henri-Louis Bergson.
O grupo GTN
O Grupo de Teatro da Nova iniciou-se nas lides teatrais, em 1991, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL, com dois ateliers orientados por Joaquim Paulo Nogueira. Trabalhando com os encenadores Carlos Fogaça, Antonino Solmer, Luís Madureira, Alexandre Sousa, Paulo Marques
e João Nicolau, Natália Luísa, João dÁvila, Rui Luís Braz, Peter Michael e Carlos Macedo, levou à cena textos e adaptações de autores como Mário Henrique-Leiria. Em 1999, conquista o 2.º lugar no Festival Teatro Amador da Área Metropolitana de Lisboa. Integrando o ciclo da Semana do Erotismo, o GTN apresentou, já este ano, na FSCSH, performances a partir de textos de Sade, Santa Teresa dÁvila,
São João da Cruz, do Cântico dos Cânticos e do Kamasutra. O GTN ressurge das cinzas em 2004, retomando a sua actividade depois de um interregno de dois anos. Participou
no FATAL 2005.
Ficha técnica Director Artístico Diogo Bento * Elenco Alexandra Viveiros, Catarina Barroso, Elisabete Fragoso, Mariana Saraiva, Miguel Carmo, Paulo Neto, Raquel Hermínio, Rita Omar,
Sara Lopes, Susana Blazer, Tiago Dias * Técnico luz/ som Jorge Durões * Produção Joana Pimenta
O encenador Diogo Bento
Agora só faltam os outros, palavras de Diogo Bento (n.1979),
que, num muito auspicioso caminho no meio teatral português,
tem trabalhado com personalidades como Luís Castro,
Eduardo Barreto, Ricardo Gageiro, Jean-Paul Bucchieri, João
Brites, Álvaro Correia, António Pires e profissionais do
Teatro Praga. Licenciado em Estudos Portugueses pela
Universidade Nova de Lisboa e bacharel em Teatro
Formação de Actores, pela Escola Superior de Teatro e
Cinema de Lisboa, o actor profissional é encenador do Grupo
de Teatro da Nova, desde 2005. Com o GTN, encenou o
espectáculo quinze mulheres e um homem numa garagem à espera
que o vento mude de direcção, apresentado na garagem da
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa, e também no FATAL 2005.
In Programa FATAL2006